De que adianta saber fazer uma equação do segundo grau se você é triste?
De que adianta saber todos os afluentes dos rios desse Brasil se você pensa se matar dia sim e dia não?
A vida é muito curta para ter muitos saberes e ser infeliz.
É preciso estar conectado, ser interdependente do meio e atuar positivamente naquilo que a gente sabe fazer de melhor.
Os gregos são os pais criadores dessa filosofia de vida.
Você planta uma muda. Essa muda tem nela mesma todo o potencial para se transformar em uma grande árvore. Tudo de uma grande árvore já está ali naquela mudinha. Porém, existem mudas que não vingam.
Dependendo de tudo que acontecer, aquela muda poderá não vingar. Por outro lado, aquela que enfrentar os desafios do tempo e do meio ambiente em que vive provavelmente se transformará em uma grande árvore. Uma planta forte, imponente e resistente.
Porém nem todos nós vingaremos.
Nem todos nós desabrocharemos.
Poderemos encruar, minguar, viver aquém das nossas possibilidades.
Tudo depende. Do pleno desabrochar das potências – Aristoteles as chamavam de virtudes – que é fazer o que se sabe fazer de melhor.
Haverá infinitos talentos, infinitas virtudes. Uma variedade gigantesca de plantas na exuberância máxima dos seus próprios talentos.
Para Aristoteles a chance da vida encruar é enorme. Já que a arte de viver bem é uma arte restrita à poucos.
Aristoteles e os gregos acreditavam que o universo era finito, com começo meio e fim.
É como os joelhos e intestinos que sempre trabalharam juntos: se um dos dois não funcionar, fode todo o seu esquema.
Essa grande ordem de conexão era chamada de cosmos. Onde, segundo os gregos, a vida boa é aquela ajustada no cosmos.
2015 é, definitivamente, o ano de alinhamento com o cosmos.
como diria o grande poeta do axé: “cosmifica, meu amor, cosmifica”.
Taí mais uma palavra boa: cosmificar 😉