Este ano foi (e está sendo) de grande aprendizado em vários setores da vida. Muitos deles em que, anos atrás, eu ignorava a oportunidade de ter mais conhecimento. Hora por não fazerem parte da minha carreira profissional, hora por falta de tempo ou então por puro desinteresse mesmo. Eram assuntos como: arte, música, física, gastronomia, astronomia e biologia.
O desinteresse nestes assuntos existe por conta de um certo “muro” que carregamos ao crescer com a sensação de que não precisamos saber MAIS sobre certas coisas que são irrelevantes para a nossa sobrevivência. Como, por exemplo, a alimentação: você nasce sendo alimentado pelo cordão umbilical ligado a sua mãe, cresce sendo alimentado por alguém por um bom tempo, passa a pagar para ter comida pronta e então cria o hábito maldito de não ter que fazer um esforço maior para preparar a sua comida – porque você não sabe. Daí acaba se dando mal porque poderia se alimentar melhor, com mais conhecimento gastronômico, preparando o seu próprio prato.
É claro que não precisamos ser experts em tudo. Mas cada ser humano, é como cada árvore, possui potencial para alguma coisa nessa vida e como cada flor dá seus frutos diferentes. E vai daí ampliar o aprendizado nessas áreas desconhecidas pra fortalecer o conhecimento em assuntos que farão com que a nossa SOBREVIVÊNCIA seja mais proveitosa. E isso não aprendemos nas escolas, nas igrejas e nas grandes organizações, já que eles querem que consumamos mais do mesmo.
Crescemos num sistema que está aí, há anos, onde nos acostumamos a escutar barulho dizendo que é música, que é “top”, e dançamos felizes com todo mundo junto achando que aquilo é arte. E nesse meio tempo da vida, gastamos anos escutando as mesmas músicas, perdemos a chance de encontrar aquele artista do outro lado da terra, que nem patrocínio de grandes marcas têm, mas que produz um som incrível, de arrepiar a pele, de fazer o coração bater forte e mexer com a nossa estrutura psíquica e biológica. São cantores, bandas e grupos das mais variadas vertentes musicais que nós podemos conhecer, TODOS OS DIAS.
Agora, com a existência da internet, nós temos acesso a tudo isso na palma das mãos: pelo celular e aplicativos.
Mas antes gostaria de falar da importância da boa música:
Você já reparou como uma música muda o ambiente de um local?
Já reparou que os supermercados colocam a mesma música pra tocar 3 vezes enquanto você compra, fazendo você perder a noção do tempo?
Já reparou quando toca aquela música que todo mundo sabe a letra como tudo muda?
Já reparou o quão chato é alguém chegar tocando funk ou poperô com volume alto no celular? Então…
Músicas que fazem você mexer o corpo
Músicas que fazem você cantar
Músicas que fazem você dormir
Músicas que fazem você pensar (oi?) – YES!
Músicas que fazem você pensar – SOM DE FUNDO BRANCO

“Notice how the source waves and the resulting complex wave are periodic — they repeat in a regular pattern. This is what happens when two waves are harmonically related (whole number multiples of each other) to the fundamental (or lowest) frequency. When two waves aren’t multiples, you get noise”
Foto: An Introduction to Sound Waves in Synthesis
Existem músicas que nos fazem pensar, sim! As músicas de fundo branco são tracks sem voz e sem letra, ou, se tiverem vozes, elas farão parte da construção musical, emitindo as mesmas vibrações, mas sem fazer “barulho”, sobrepondo a frequência da obra. O som de fundo branco possui uma harmonia nas batidas, como se fosse uma locomotiva, ativando uma zona do nosso cérebro que aumenta a concentração por não existir BARULHO.
E investir nesse tipo de música enquanto você escreve, lê, digita, corre, respira, anda, trabalha, enfim, realiza diversas atividades que exigem uma concentração maior, é sensacional. A produtividade aumenta, você se conecta no ritmo que você quiser (mais lento ou mais rápido) e tem menos chances de errar nas suas tarefas por mais mais concentração. House, deephouse, minimal e tropical, são os meus favoritos.
Mas se você não sabe a diferença entre essas batidas, não tem problema. Você pode conhecer as mais diferentes vertentes da música eletrônica no celular, pelo aplicativo da D.I. Uma rádio que possui um canal para cada tipo de vertente da música eletrônica, com transmissões ao vivo de Djs tocando do mundo todo. E se você curtir a música, você pode visualizar o nome do DJ que toca ao vivo, copiar e jogar no SoundCloud.
Ah, o Soundcloud! Quantas descobertas musicais eu tive usando este app em 2015. Com o aplicativo mobile você pode seguir artistas (cantores, bandas, DJs) e receber em primeira mão as músicas que eles publicam na plataforma. Ontem fiquei sabendo que o SoundCloud foi comprado por outra empresa. Percebi que de vez em quando aparece um advertisement entre uma música e outra. Vamos ver no que dá.
MÚSICAS QUE FAZEM VOCÊ CANTAR
Músicas com letras ou batidas fora da frequência, com picos diferentes, ondas e vibrações fora de sincronia, fazem barulho e exigem que o nosso cérebro prestem atenção na melodia. Portanto: elas influenciam diretamente no nosso organismo, criando efeitos colaterais, de verdade.
É muito bom cantar uma música, saber a letra inteira de um artista que manda muito bem contando histórias através de ua construção musical, e o sentimento que isso transmite é maravilhosa (ou não)! E por mais famosa que sejam essas músicas, elas ajudam muito a socializarmos (sobrevivência), aprendermos a falar outras línguas, conhecer novas palavras, culturas, melhorar a fluência e tudo mais.
O que fiz este ano foi escolher os artistas que mais admiro, entre clássicos nacionais e pop internacional, fazer download de todos e colocar no meu celular para escutar quando não tivesse internet. O que aconteceu foi que muitas delas salvaram momentos sociais.
Foram diferentes tipos de situações, como uma viagem no carro, um happy hour em casa com amigos, jantares a dois (Ella Fitzgerald), praia sem internet, enfim. Todas as músicas trouxeram sensações nostálgicas, lembranças de certos momentos da vida que cada um construiu ao ouvir tal musica “pop” pela primeira vez.
Muitos amigos usam rádios online como Tunein, Rdio, Apple Music, Google Music e o Spotfy, que com uma taxa mensal permite você baixar músicas para ouvir mesmo que offline.
MÚSICAS QUE FAZEM VOCÊ DORMIR (E ACORDAR)
Sim, elas existem. E escutando esse negócio que te dá sono nem parece ser uma música, mas sim um barulho no mínimo interessante, que capta a atenção do seu cérebro e te leva prum sono profundo em 15 minutos. O aplicativo I-Doser permite que você simule diferentes tipos de drogas pelas vibrações que cada construção musical oferece pro seu cérebro.
Já faz um tempo que uso ele, principalmente quando a minha cabeça está com mil pensamentos na hora de dormir. É só tomar a dose “Sleep Angel” é batata! 90% das vezes que usei, eu dormi rapidinho. Basta se concentrar, respirar fundo, deixar o corpo confortável e com a circulação liberada.
“83% of users have had at least one simulated experience with I-Doser Digital Doses.” segundo o site do app.
Já utilizei algumas vezes a dose “Beta Concentration” a caminho de fazer alguma prova ou antes de estudar, e super funcionou. Você pode testar as outras doses e comprar outras “drogas” mais pesadas. Daí você vai ter que me contar depois como foi a experiência porque eu já não sei dizer se funcionam.
MÚSICAS QUE FAZEM VOCÊ DANÇAR
Tudo vai depender do tipo de dança que você sabe – ou não. Tem gente que não sabe, não curte e nem quer aprender a dançar. Mas qualquer ser humano nesse mundo tem ao menos uma vontade inata de dançar, que surge nos pés, nos ombros, na cintura.. nas suas mais variadas formas, por pura ancestralidade. Uma ginga que surge do nada, onde muitas músicas fazem o nosso corpo se mexer quase que instantaneamente.
No meu caso, que tenho raízes brasileiras com gingado africano mixado por gerações migradas do nordeste para o sudeste do País, é fato que uma música tropical vai me animar a dançar. E pra dar um gostinho do quanto esse estímulo pode gerar uma experiência gostosa em uma festa com amigos, vou deixar só essa track do Gil Gil:
A MÚSICA É TRANSFORMADORA
Fiz um experimento social no café da manhã do hostel. Depois de reparar como as pessoas não interagiam nos outros dias em que estava trabalhando lá, desliguei a TV, levei um speaker e coloquei esse set de yoga do Burning Man, beeem chilling, pra recepcionar os hóspedes desde as 7am.
O resultado foi lindo: vários sorrisos, olhares atentos, desconhecidos conversando, trocando experiências e deixando comentários positivos sobre o som “that’s amazing!”. É impressionante como a música transforma a mente e o corpo: o efeito é latente.
Enquanto a TV, que além de iniciar o dia compartilhando notícias ruins em seus programas “padrões” pra moldar uma sociedade consumidora de seus produtos, serviços e estilos de vida, emite uma frequência que não é legal e faz as pessoas ficarem cada vez mais individualistas.
Agradeço aos meus amigos que estão sempre indicando novos artistas, novas tracks, músicas incríveis que geram nova experiências e expandem o poder da mente. Acredito cada vez mais que a boa música tem sim um poder transformador.