Dias desses uma garota que estudou comigo no colégio publicou aqui uma foto de uma bunda, dentro do transporte público, criticando o formato do corpo da outra mulher e dizendo que ela não podia usar uma calça legging. É óbvio que deletei essa garota daqui, porque intolerância e desrespeito é uma coisa que não faz parte do meu círculo de amizades. Aproveitei as 2 horas que peguei de trânsito ontem pra fazer aquela faxina no Facebook. A liberdade para ser você mesmo é uma coisa que não tem preço. Ainda procuro palavras pra descrever o que sinto. É um mix de sensações como: entusiasmo, alegria, ansiedade do bem e um carinho muito grande pelas pessoas que fazem parte do meu dia a dia. É isso que estou vivendo nesses últimos dias. 2017 não será um ano fácil. Já sabemos que não podemos depender dos nossos governantes. E nesse cenário todo de incertezas, vejo uma grande oportunidade de mudança. De revolução humana mesmo. De um mundo mais aberto, mais colaborativo, mais conectado. Chegou a hora de quebrar paradigmas, de se desconstruir para se construir novamente. Viver a sua própria vida, sem amarras, ser líder de si mesmo, de realizar coisas extraordinárias mesmo sendo apenas mais um no meio da multidão. Fomos tão influenciados pelas gerações passadas que vivemos parte de nossas vidas seguindo padrões, tentando alcançar objetivos que foram traçados pelos outros e não por nós mesmos. Visualizamos modelos de sucesso impostos pela nossa família, pelos nossos amigos e pela sociedade como um todo. Criamos metas, trabalhamos, estudamos e corremos atrás para ser, ter e fazer o que os outros querem. Só que isso é um grande erro. O ser humano não foi projetado para ser o que o outros querem. Qual é o preço de agradar aos outros e se desagradar? Angústia, depressão, um câncer que te corrói de dentro pra fora? Definitivamente, o que importa neste momento é fazer aquilo que se gosta. E para isso, é preciso ter coragem. Ousadia para largar tudo, quebrar tabus e ir em busca daquilo que o seu coração deseja. Tomar essa decisão me fez um bem danado, ao mesmo tempo em que me trouxe muitas críticas. Levei muitos “nãos”. Ouvi que não seria mais uma pessoa “de sucesso” por ter largado a minha carreira. E a melhor estratégia, na real, é ignorar esse tipo de gente. Vejo algumas pessoas postando selfies no Instagram quase todos os dias, só que com um sorriso forçado e com um olhar de tristeza. Os olhos não brilham. Deve ser muito chato mentir para si mesmo para se sentir aceito pelos outros, vestir roupas de marca ou fazer check in em lugares caros para provar uma coisa que você não é. Por muita boa sorte, tenho uma família maravilhosa, amigos sensacionais e tive a oportunidade de sempre trabalhar com pessoas talentosas, em todos os trabalhos que já fiz: de telemarketing até sendo empresário. Quando se tem humildade, você não tem vergonha de limpar um banheiro ou de dar uma palestra para 300 pessoas, em inglês. Existe um penhasco profundo que divide aquele que é direcionado pelo ego e aquele que é direcionado pelo coração. Os direcionados pelo coração, pela minha vivência, vivem cheios de oportunidades, de alegrias e não têm tempo ruim. Enquanto os direcionados pelo ego, dificilmente se amam e enfrentam dificuldades para amar os outros. São esses os que começam guerras, nem que sejam aquelas em copos-d’água. E mesmo escutando tanta bosta dos outros, não desisti. Sempre me lembrava do segredo de não deixar os outros brocharem os meus sonhos, o meu desejo de seguir em frente, naquilo que eu acreditava ser bom pra mim. Quem faz boas causas, recebe os seus efeitos: e as suas oportunidades. Quem não gonga os outros com a inveja, mas sim, ilumina a vida das pessoas, também é iluminado. E vivendo nessa frequência, é preciso preservar, mesmo enfrentando o egoísmo – até de si mesmo – , pra ser resiliente. Aceitar desafios, usar as suas capacidades individuais e desenvolver habilidades novas é o que vai te garantir mais conhecimento para o seu “eu”. E conhecimento, meus amigos, é uma coisa que NINGUÉM pode te tirar. Neste meio tempo descobri que eu não seria o que o meu pai queria, o que a minha família queria, o que os meus amigos queriam e nem aquilo que a sociedade sempre ditou como regra para o sucesso: ter um casamento, uma casa, um carro ou uma carreira acompanhada de um vida acadêmica invejável. Mesmo investindo muito em estudos, não julgo pessoas que seguiram estes sonhos. Até porque, você pode ser o que você quiser! Desde de que não julgue os outros que são diferentes de você. Para uns, ser CEO de uma empresa é ter sucesso. Enquanto para outros, vender lanche na porta da escola também é ter sucesso. Você pode ser advogado, como pode ser eletricista. Pode ser médico ou mecânico. Cantora profissional ou empregada doméstica. O que importa no final, é o número de sorrisos e pessoas que estarão à sua volta no seu dia a dia. São as experiências positivas que as suas atividades diárias irão lhe proporcionar. E se não quiser ser nada na vida, ir pra praia vender miçangas, tudo bem também. Você já parou pra conversar com um hippie? Hoje não precisamos mais focar no TER, mas sim no SER, sem julgamentos. Já entrei em muitas mansões que não tinham ninguém e muitos “barracos” cheios de gente, alegria e a tal da felicidade. Com o tempo, a gente descobre que o sucesso é a liberdade, é aquilo que lhe permite ser você mesmo. É permitido ter um corpo escultural da mesma forma que se é permitido ser urso. O corpo é seu e você faz dele o que bem entende. Não existe uma regra, não existe um padrão. Essa linha retórica, de marginalizar o trabalho dos outros, é tão cafona… que só mostra o quão pobre de espírito é aquele que vive nessa condição de vida. Eu definitivamente me encontrei – e já faz tempo. E quero, pelas minhas palavras e pelo meu dom de poder escrever, te lembrar que você têm este DIREITO de ser você mesmo. Foda-se o que os outros irão falar sobre você. É precisar lembrar as pessoas disso, para que todos se livrem dessas amarras, dessa violência psicológica. Nem que seja por texto, ou por uma conversa vida a vida com alguém. Sorria, de risadas, elogie! A energia desssa vibe é muito mais poderosa do que a indiferença. É tão bonito apreciar a beleza das pessoas, do diferente. Todo ser humano que eu tiver a oportunidade de conversar vai entender que ele/ela é único e special. Fica aqui o registro para aqueles que estão se sentindo presos, confinados e que talvez estejam num beco ~com saída~. Ainda dá tempo! A felicidade está aí dentro e a única chave para alcançá-la é ser você mesmo, sem julgar os outros e mantendo o brilho nos olhos.
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