Fazer o bem, sem se promover por isso

Ha alguns anos atrás, participei de uma arrecadação de dinheiro para uma campanha x. O que foi um sucesso e, com a doação de um grupo de pessoas, conseguimos atingir uma meta ambiciosa. E no final, o grupo realizou um evento para reunir os doadores e entregar, como forma de gratidão, um “certificado”, com nome impresso, data, valor doado e tudo. Eu fui, todo feliz e orgulhoso. Quando os certificados foram entregues na cerimônia, percebi que esqueceram o meu. Fiquei muito irritado, porque naquela época foi um valor relativamente alto para quem arcava com as despesas de casa, escola e tudo, sozinho. Virei para um grande amigo que lá estava e reclamei “poxa, esqueceram de mim!”. Ele, muito sábio (aliás, um querido até hoje), virou pra mim e disse “Gustavo, as pessoas não precisam saber que você doou, nem do valor que foi doado. O universo sabe, e isso já é o suficiente”. Confesso que fiquei puto porque, com o meu ego elevado, queria mesmo era estar lá – naquele palco de doadores – para ganhar certo reconhecimento do grupo. Mas daí o tempo foi passando e vários benefícios começaram a acontecer em minha vida, um atrás de outro. Foram tantos que nem cabe relatar aqui. O que aprendi de lá pra cá foi que não é preciso expor as minhas boas ações pra ninguém, não preciso divulgar pra Deus e o mundo qualquer doação, voluntariado ou colaboração que faço. Já que o universo (aka Deus) tudo vê, qual é a necessidade de me expor? E hoje tenho absoluta certeza disso: esforços invisíveis = benefícios visíveis.
Fico olhando essa galerinha que adora usar a boa ação em cima de gente necessitada pra se promover e me dá uma ânsia de vômito. Cara, vai lá e faz! Não precisa se promover. Quem foi beneficiado, irá saber que foi você quem fez a diferença na vida dele. Nem que ele seja um animal, uma planta, um chão limpo. E só isso já conta, e muito, pra acumular uma grande boa sorte nesta existência. Dá pra ser do bem sem se auto congratular por isso. Já dizia o ditado “a caridade deve ser anônima, do contrário, é vaidade”.

Sobre Gustavo Santi

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