Three thousand realms in a single moment of life

I’m happy that my lovely neighbors woke me up so early this Saturday. I happily took advantage of this morning event to attend the first study meeting of my district – first because it feels like a New Years after that Playa adventure – and it was fantastic, indeed. We meditated and studied about the “Three thousand realms in a single moment of life”, a Buddhist study that explains how our hearts can drive our connection with the universe (living beings and environment). Which was exactly what happened, like magic, in the past two weeks. Not a coincidence. I’m so grateful and excited with this thing that I thought it was worth to share on here. We. Are. All. Connected.#NMRK

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Fazer o bem, sem se promover por isso

Ha alguns anos atrás, participei de uma arrecadação de dinheiro para uma campanha x. O que foi um sucesso e, com a doação de um grupo de pessoas, conseguimos atingir uma meta ambiciosa. E no final, o grupo realizou um evento para reunir os doadores e entregar, como forma de gratidão, um “certificado”, com nome impresso, data, valor doado e tudo. Eu fui, todo feliz e orgulhoso. Quando os certificados foram entregues na cerimônia, percebi que esqueceram o meu. Fiquei muito irritado, porque naquela época foi um valor relativamente alto para quem arcava com as despesas de casa, escola e tudo, sozinho. Virei para um grande amigo que lá estava e reclamei “poxa, esqueceram de mim!”. Ele, muito sábio (aliás, um querido até hoje), virou pra mim e disse “Gustavo, as pessoas não precisam saber que você doou, nem do valor que foi doado. O universo sabe, e isso já é o suficiente”. Confesso que fiquei puto porque, com o meu ego elevado, queria mesmo era estar lá – naquele palco de doadores – para ganhar certo reconhecimento do grupo. Mas daí o tempo foi passando e vários benefícios começaram a acontecer em minha vida, um atrás de outro. Foram tantos que nem cabe relatar aqui. O que aprendi de lá pra cá foi que não é preciso expor as minhas boas ações pra ninguém, não preciso divulgar pra Deus e o mundo qualquer doação, voluntariado ou colaboração que faço. Já que o universo (aka Deus) tudo vê, qual é a necessidade de me expor? E hoje tenho absoluta certeza disso: esforços invisíveis = benefícios visíveis.
Fico olhando essa galerinha que adora usar a boa ação em cima de gente necessitada pra se promover e me dá uma ânsia de vômito. Cara, vai lá e faz! Não precisa se promover. Quem foi beneficiado, irá saber que foi você quem fez a diferença na vida dele. Nem que ele seja um animal, uma planta, um chão limpo. E só isso já conta, e muito, pra acumular uma grande boa sorte nesta existência. Dá pra ser do bem sem se auto congratular por isso. Já dizia o ditado “a caridade deve ser anônima, do contrário, é vaidade”.

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Como foi a minha transição da religião para a espiritualidade

 

Conversando com alguns amigos, percebi que muita gente andava afastada da religião, algumas buscando novas formas de se conectar com o mundo espiritual e grande parte desiludida, sem uma prática da espiritualidade mas mantendo a fé em Deus.

Há 10 anos atrás eu passava por um dos períodos mais difíceis da minha vida: o da transição da religião para a espiritualidade.

Vindo de uma família católica, com a forte presença de Deus no coração e no vocabulário diário, fui batizado logo quando bebê, na basílica da Aparecida do Norte. Cresci com a fé na figura de Deus, ainda mais pela bondade de mãe, do carinho das minhas tias e tios (do lado materno) que sempre foram exemplos pra mim.

 

Catequizado aos 13 e com um caderninho que carregava os selinhos de cada missa de domingo que participava, era fiel à Deus e à Igreja. Estudávamos a Bíblia e as suas histórias, me debruçava na cama antes de dormir pra pedir à Deus o perdão, todos os dias.

Sabia que Jesus e Deus eram personagens diferentes (sim, tem gente que não sabe separar isso e acham que os dois são a mesma “pessoa”). No caso, eu era o pecador, que por mais que ninguém soubesse, carregava aquele sentimento de culpa sem fim por ser simplesmente quem eu sou. Era acompanhado por aquela sensação de que tudo que eu fazia, ele estava olhando – e me julgando – dos “céus”.

Já na adolescência, depois dos 15 anos, a coisa ficou mais complicada. Perdi a conta de quantas noites eu orava o Pai Nosso, pedindo perdão e misericórdia, aos prantos, com medo (e a quase certeza) de que iria para o inferno. Sabia disso pelos erros que cometia diariamente (impulsos naturais do meu ser ao olhar para as pernas dos meus amigos héteros na escola, quando cresciam os pêlos da puberdade, com um desejo que nem eu mesmo entendia o que significava).

Quando emagreci, me forcei a ficar com o maior número de garotas que podia. Não para provar à mim, mas também à sociedade, de que eu era macho. Principalmente à Deus (o que tudo olhava e julgava, constantemente). O que foi um grande erro.

Ia com a minha tia para as missas do Padre Marcelo. Que eram muito boas, por sinal. Músicas alegres e dançantes. Que energia! Que animação! Parecia que tinha encontrado o meu lugar.

Ao mesmo tempo, na escola, os estudos da química, física, história, geografia e biologia não batiam mais com o que eu tinha estudado na Bíblia. As matérias escolares passaram a ficar mais interessantes e foi justamente quando a minha tia faleceu (em 2007) que essa relação com a igreja se foi de uma vez por todas na minha vida.

Passei por momentos difíceis, de violência doméstica (física e emocional): o que foi bom, pois me forcei a ficar fora de casa a maior parte do tempo. Sair para a rua, seja para estudar em uma biblioteca pública ou grupos de estudo na universidade me tirou daquele mundo limitado de bairro, me dando a chance de conhecer pessoas de todos os cantos do País.

Me mudei para o centro de SP e descobri que existia um universo com pessoas iguais à mim, onde se encontravam nos bares e restaurantes e podiam ser eles mesmos, sem medo.
Fiz vários amigos da mesma “casta” e cheguei a encontrar garotos do meu bairro que também eram “refugiados” nos finais de semana, em segredo.

Na época (2007), uma amiga me falou de um mantra budista, que ficou na minha cabeça por dois anos. Até quando conheci o budismo de uma vez por todas através de outra pessoa, na porta de um bar com a galera do curso de técnicos ambientais do Senac.

Resumindo: hoje tenho o Deus no coração de uma forma muito mais forte e leve. Essa figura de um senhor de cabelos longos e barba branca, te olhando de cima das nuvens o tempo todo, não existe mais pra mim.

Compreendi que Deus é essa energia poderosa que rege todos os fenômenos do universo. Ele é a lei de causa e efeito, no qual todos estamos conectados, mas muitos a ignoram. A ciência prova a existência desta lei pela física quântica, o que fica mais “palpável” para o entendimento desta conexão espiritual.

No Budismo, a chamamos de Lei Mística (mística = perfeita) de causa e efeito. Não existe a figura externalizada de Deus, do “Pai”, de um homem que tudo olha e tudo julga o tempo todo. Até porque “ele” está em TODAS AS PESSOAS, animais e meio ambiente, e por isso devo respeitá-los, todos os dias.

Diferente do que vejo o tempo todo, de pessoas que se dizem cristãs e desrespeitam os outros, passam a perna, fazem jogos de poder, espalham fofocas, calúnias e ainda tem a cara de pau de escrever o nome de Deus em vão nas redes sociais, achando que irá diminuir a culpa na hora de receber o ticket VIP pro inferno.

Aquela história da hóstia: você vai pra igreja no domingo, ora, pede perdão, come a hóstia e volta pra casa preparado para começar outra semana de pecados. Como assim?

Hoje não peço mais, determino.
Não carrego mais a culpa, mas sim a responsabilidade.
Não existe misericórdia, mas sim o perdão.
Não sou perfeito, mas posso melhorar.

E tenho a certeza de que o inferno é aqui e agora (pelo nosso estado de vida), e somos nós que escolhemos onde queremos estar pelos atos diários do nosso cotidiano. Que sem dúvidas, a lei de causa e efeito não falha pra ninguém.

Atualização: hoje não me considero budista, nem cristão, mas universalista: pratico uma filosofia de vida que me garante resultados ao mesmo tempo que respeito outras religiões e estou aberto a receber o amor que cada uma prega, seguindo o princípio de causa e efeito do universo.

*Antes de me mudar do Brasil, tirei essa foto dos pingentes que ganhei nas missas onde fui com a minha tia no Brasil. Muito carinho e gratidão pelas coisas boas que aprendi e carrego em meu coração.

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O brasileiro acha chique visitar Paris, Roma, Berlim, mas a Europa é, em essência, tudo o que a classe média odeia

Hoje tem textão

By Ivana Ebel*

Tenho passado boas horas no Youtube, recentemente, acompanhando vídeos de brasileiros que foram morar em outros países. Tenho feito isso para entender mais da ferramenta, dos bordões, do que faz um canal ter sucesso ou não. Entenda como pesquisa de mercado, se quiser.

Nessa aventura pelo pensamento do brasileiro imigrante, todos falam de sua vida e, inevitavelmente, acabam comparando o que encontram quando voltam ao Brasil com o que vivenciam do lado de cá. Em todos os vídeos que abordam o tema, o principal espanto é o machismo, o racismo, a homofobia e o desrespeito pelo próximo no Brasil.

Viver em uma sociedade com valores diferentes faz com que brasileiros de todas as classes, credos e origens, que tiveram a chance de sair do país, consigam ver que os problemas do Brasil vão muito além da política e da economia, mas que têm uma direta conexão com…

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This is how I feel after watching GOT

Dracarys

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Sobre a INCLUSÃO RADICAL e a EXPRESSÃO RADICAL em tempos sombrios

Seria maravilhoso que mais pessoas praticassem o princípio da INCLUSÃO RADICAL: onde todos são bem-vindos. Aceitar o diferente e as suas diferenças é um ato libertador. Que liberta não somente o outro, como a si mesmo. Vivemos tempos em que muitos confundem a liberdade com a lbertinagem, que é quando você interfere na liberdade individual de outra pessoa, de existir mesmo. Liberdade não é pegar uma arma e sair por aí atirando em todo mundo, como no GTA. Também não é falar tudo o que se pensa, xingando gente só por conta da “liberdade de expressão”. Nós temos que falar, sim. É preciso botar pra fora aquilo que pensamos, senão o corpo entra em colapso. Daí que entra a EXPRESSÃO RADICAL, que também é outro princípio libertador. Falar, Cantar, Escrever, Dançar… a expressão no seu mais autêntico jeito de ser. Com aquilo que você é, não aquilo que é imposto pra você ser (e ter). A vida é muito curta pra viver um repertório limitado de expressões, repetindo as ideias dos outros com justificativas que “amenizam” o efeito do ódio dilacerado e que tomou conta de si. Refutar o outro com frases como “ah é vitimismo”, “mimimi”, “leva pra casa”, etc, não te dá o direito de interferir na existência de alguém, de desejar a morte e insultar das mais diversas formas. E à partir do momento que eu xingo outra pessoa, que possui opiniões diferentes das minhas, que eu me desconecto, me separo, me distancio. Crio, então, uma causa negativa e passo a viver em uma panelinha. Ao invés de ser um contato de “apoio e suporte” numa sociedade interconectada, “o outro” (diga-se seu espelho) acaba virando um contato “do outro lado”, de troca de energia ruim. Uma pessoa que chega ao ponto de desejar (e falar) que o outro se foda, está apenas seguindo o carma dela, não o meu. Daí que começa o ódio, as brigas e guerras que nós já conhece. Bora amenizar o efeito cármico disso tudo, espalhar mais amor, dar mais risada, fazer piada. E principalmente debater com respeito. Hoje prefiro deixar essa energia ruim da disputa política pra quem é pago pra isso – por nós, inclusive – e viver uma vida mais leve, de fazedor ao invés de ativista. O universo está em expansão e somos nós que escolhemos se queremos expandir com ele, ou não. Paz.

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Querida “comunidade LGBT”, precisamos conversar sobre a rejeição

The Kinsey Scale

Querida “comunidade LGBT”, precisamos conversar.

Neste mês do orgulho LGBTQ, não temos muito a celebrar além do fato de estarmos vivos. Mesmo depois de anos de lutas históricas por direitos, respeito e igualdade, parece que estamos andando pra trás em vários sentidos, principalmente no discurso de ódio que toma a conta das redes sociais e dos espaços públicos.

 

Antes, lutávamos por igualdade. Hoje, lutamos pelas nossas vidas. O direito de viver, da integridade física. Tem noção do que é isso? O que estamos fazendo para que tenhamos essa liberdade? Precisamos fazer mais do que colocar a bandeira do arco-íris no Facebook, para que possamos viver com dignidade, diferente da cartilha ditada pela sociedade conservadora.

 

A família tradicional é um padrão vendido em muitos países, que pode ser um conceito muito mais machista e misógeno em outros – onde gays e mulheres sofrem muito mais. As regras cagadas por pessoas que vivem este padrão, jogam nas costas de jovens LGBTQ de todos os cantos, um carma coletivo que é o de viver dentro de uma família e sociedade conservadora, te pressionando constantemente pra seguir uma vida que eles querem – e não como você quer, como você é, de verdade.

 

Não poder dançar, ter que gostar de futebol, ter namorada pra apresentar pra família, usar um vocabulário “malandro”, e ser macho, sem sensibilidade. É a totura diária que muitos jovens LGBTQ viveram no passado, e continuam vivendo até hoje.

 

Quantos homens casados com mulher e “macho” sem camisa com a cabeça cortada existem no Grindr (aplicativo gay de pegação)?

 

Muitos. Em todos os lugares.

 

Presos, com medo de se assumir, acabamos enfrentando os mais diversos paradoxos na descoberta da própria sexualidade. Um processo que entra em confronto com aquele padrão que a sociedade espera que você seja: o macho.

 

Só que muitas das nossas características estão no nosso DNA, nos nossos genes. Não dá pra controlar. Não tem como mudar. NÃO É OPÇÃO SEXUAL.

 

Toda aquela informação que irá definir por quem você se atrai, como o seu corpo reage e como a sua cabeça se enxerga na questão de gênero, faz parte do código genético de cada um. E crescer lidando com isso é uma montanha russa de sentimentos e emoções que desencadeiam numa série de questões mentais.

 

E sobreviver esse processo sem o suporte profissional, de amigos e família, pode ser doloroso. Surgindo sinais de ansiedade, desconforto, medo e a possibilidade de desencadear uma depressão sem fim.

 

No pior dos casos, muitos acabam como um homofóbico – gay enrustido. Aquele que se prende totalmente aos padrões que a sociedade lhe impõe, finge ser hétero, mas está sempre pulando a cerca. E acaba por atacar o outro, o que é livre, que vive a vida que o homofóbico não conseguiu conquistar.

 

Considero todos os LGBTQ pessoas vitoriosas. Ainda mais aqueles que são autênticos, únicos, divertidos e sem medo de se assumir pra si e para todos. Eu mesmo como gay, ainda estou perdendo o medo de me expressar da minha maneira, com autencidade, mesmo em frente de amigos héteros. A cada dia é uma grande vitória.

 

Talvez seja por esse motivo que a “comunidade gay” leva consigo um carma pesado – e coletivo – que é o da rejeição. Recebemos tantos “nãos” durante a nossa infância e juventude que, ao nos tornarmos gays assumidos (ou não), passamos a jogar isso de volta pra própria comunidade LGBTQ.

 

Estou falando do ódio de classe, da indiferença, do racismo e preconceito. Muitas bixas se dividem por grupos, como se fossem castas. E a partir dos padrões compartilhados por cada grupo, criam seus próprios julgamentos e começam a destilar o seu ódio – muitas vezes em forma de piadas sem graça – em cima de outros que são diferentes de si.

 

E esse comportamento vem de todos os lados, grupos, tipos, de LGBTQ:

 

Lésbicas, Gays, Barbies, Drags, Transgêneros, Bissexuais, Fashionistas, Ursos, etc. O respeito não escolhe o tipo de pessoa ou o grupo em que ele orientará a vida de alguém.

 

Uma das piores reações daqueles que sofrem com rejeição, é a da pessoa que leva um fora e passa a transformar o crush que não vingou em inimigo pra vida.

 

Gente, se duas passivas não dão certo, que se tornem amigas, não inimigas.

 

Falam tanto das mulheres, que elas adoram fazer fofoca e criar confusão, mas tem muita bixa barraqueira por aí. E nem precisa ser afeminada pra fazer isso.

 

Dão piti, rosnam como uma gata nervosa no cio, preparada pra te arranhar a qualquer momento.

 

Uma certa vez, em uma festa de gays brasileiros, um dos caras ficou o tempo todo dando em cima de mim. Até que, com a minha permissão, ele me abraçou e veio querendo me dar um beijo na boca. Ao ser recusado, o cara parou de falar comigo e se afastou. Nunca mais mandou uma mensagem, uma interação ou fez questão de falar um oi nas outras vezes que nos encontramos.

 

Parece que receber um “não” de alguém, dentro da comunidade LGBTQ, pode ser ainda mais desafiador pelo fato de carregar um histórico de rejeição que sofreu na infância e adolescência.

 

É completamente compreensível que muitos LGBTQs tenham comportamentos aríscos para com os outros, até por conta da repressão que muitos viveram. E é exatamente por este motivo que precisamos conversar sobre isso, criar um ambiente de suporte e de apoio, para a aceitação dos outros e de si mesmo.

Ultimate Gay Fighter

Fazer terapia é o melhor caminho para se descontruir e se construir novamente. Mas não é o único: participar de grupos de discussão, voluntariado, ir em shows de drag, festa de urso, de couro, de hétero e afins. É abrir a cabeça para vivenciar outras realidades e aceitar pessoas diferentes do que você já é.

É muita hipocrisia falar de orgulho gay enquanto oprime o amiguinho de uma mesma minoria ~nem tão minoria ssim~ que não faz parte da sua panelinha. O respeito serve não só para si – em quesito de orientação sexual – mas também quando se trata de classe, raça, etnia, identidade de gênero, ideologia política, credo, toda e qualquer característica que faça o seu semelhante ser um pouco diferente do que você é.

 

Liberdade de expressão não significa atacar o próximo falando tudo o que se pensa, pegar uma arma e sair por aí atirando em todo mundo. As palavras também ferem as pessoas. Isso é libertinagem (falta de educação). E é o que menos precisamos nos dias de hoje.

 

Se é paz o que queremos, seja ela na terra e dentro de si, que comecemos dentro da nossa própria “comunidade”, ao respeitar o coleguinha.

 

Como dizem por aí: aceita, que dói menos.

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I Just took the DNA test and here are the results

Thanks to Ancestry DNA, now I know more about my ancestries.

I’ve been asking to my family about our ancestors. From the side of my mother, my grandma had very strong Native Americans traits. While my grandfather was from an Italian family which came as refugees from Italia during the II world war.

From my father’s side, I just know that my grandma came from Bahia, Brazil, with her Portuguese heritage. Had any information about my grandfather.

When I received this test I was just amazed by the astonishing results. We just don’t need to talk about all these restrictions that we’re having right now, in the XXI century, creating immigration issues when we see results like this:

https://www.facebook.com/plugins/video.php?href=https%3A%2F%2Fwww.facebook.com%2Fgustavosanti%2Fvideos%2F10213480820000020%2F&show_text=0&width=560

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É preciso escutar de um gringo o que é ser brasileiro 


Fui no mercado pra comprar cerveja e a caixa, uma jovem morena meio europeia meio latina, pediu a minha identidade. Ela leu meu nome e perguntou em português, num sotaque familiar: “você é brasileiro?” abrindo um sorriso encantador. Respondi que sim, retribuindo o sorriso. “Você também?” Ela: “Não. Sou mexicana. Mas já morei lá por dois anos”.”Seu português é muito bom. Achei que vc fosse. Parabéns”

O papo desenrolou com ela me contando da saudade que sente do nosso povo, e que vai voltar em julho pra ficar. “Eu adoro a música brasileira. A arte, a cultura, as praias, é uma coisa sem igual. E não encontro essa alegria de vocês em outros lugares. Talvez seja o clima, não é?”

O papo tava super bom até outro cliente chegar e eu me despedir, quase esquecendo as compras no caixa – encantado.

Voltei pedalando e pensando como nós, brasileiros, nos diminuímos. Compramos as crises de cachorro vira-lata e perdemos tempo com as críticas, com aquilo que nos separa. Sendo que é uma coisa ruim entre outras 500 coisas boas que nos unem. A alegria, o trabalho, a música, as artes, a nossa terra, a nossa comida… é preciso escutar outro de fora elogiando o seu país pra começar a dar valor. Espero que essa sujeira toda que apareceu se abaixe, que os vilões percam o mais rápido possível e que comecemos a focar no positivo, juntos. Temos tanta coisa boa que carregamos dentro da gente que às vezes nos esquecemos disso.

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Como se manter mentalmente saudável acompanhando os noticiários

Há mais de um ano, em março de 2016, havia decidido que não gastaria mais energia discutindo sobre política ou acompanhando noticiários do que acontecia no cenário político ou social – no Brasil e no mundo. Como eu trabalhava part-time na cozinha, foi fácil tomar essa decisão. A única preocupação, era manter a televisão ligada (para os clientes que estavam a comer) no canal da previsão do tempo, em um documentário do Netflix ou em alguma playlist musical.

Parte deste processo se deu em dar unfollow (sem descurtir) todas as páginas dos políticos que seguia, dos canais que abordavam o assunto e abrir espaço para que outros conteúdos aparecessem nos meus aplicativos de leitura. E nos 10 meses que se passaram, essas ações foram excelentes pra manter a mente sã, me exercitar, conhecer pessoas do mundo inteiro e poder focar as energias naquilo que realmente precisava: estudar inglês, espanhol e negócios no Vale do Silício.

Só que neste ano, janeiro de 2017, comecei a trabalhar para o Facebook. E ao voltar a lidar com as notícias diariamente, me senti novamente conectado aos assuntos que tentei ficar longe. Entre eles, o da política. E por mais que você queira, é praticamente impossível não se tocar com o que acontece no cenário político mundial.

Trabalhar com comunicação no Brasil, pode ser muito divertido e gerar um conhecimento rico no decorrer do dia. Uma vez ouvi da minha ex chefe, quando trabalhávamos para a revista Veja, que: “O bom de trabalhar com conteúdo é que se aprende algo novo, todos os dias”.

Diagnóstico: quase surtando

Nos últimos cinco meses deste ano, além de conhecer pessoas incríveis, mergulhar no universo de uma empresa cheia de coisas bacanas, pude me aprofundar na pesquisa, análise de conteúdo e entender como notícias influenciam o sentimento da sociedade. E foi possível perceber que, além das técnicas sombrias de produção de conteúdo que muitos jornalistas usam, qual é o lado que mais mente no intuito de controlar as multidões. No expectro político e social, se usam táticas maquiavélicas para ganhar cliques, impressões de páginas e a atenção dos leitores/expectadores.

Não estou aqui para julgar partidos, nem esquerda x direita, até porque preciso manter o meu posicionamento neutro no âmbito profissional, sendo que ambos os lados usam esssas táticas para atacar uns aos outros. Mas, para quem lida com isso todos os dias, fica evidente quem são as organizações que mais manipulam informações acompanhadas do discurso de ódio, que chegam mastigadas para o consumidor final.

Há um mês atrás, me encontrei novamente deprimido. Descobri que era quase impossível conversar sobre assuntos extremamente delicados sobre política com meus amigos, família e alguns colegas de trabalho no Brasil que seguem a grande mídia, sem sentir uma tristeza por ver como muitos estão contaminados pelo sentimento do discruso de ódio. Hoje, me sinto um peixe fora d’água, por pensar diferente da maioria.

Foi quando me peguei comprando uma cerveja, logo depois de um dia estressante como esses, e me perguntei: “o que estou fazendo?”. Não faz sentido beber no meio da semana só para afogar as mágoas. E me lembrei da depressão que sobrevivi aos 27. Lembrar doinferno foi um sinal, para que eu cuidasse de mim. É mais importante cuidar da nossa saúde física e mental, e deixar de lado essa vontade de querer salvar o mundo avisando as pessoas sobre o que acontece do outro lado da tela de um computador, no caso, das notícias.

Há algumas semanas atrás, assisti uma palestra que me marcou bastante. O palestrante, ex-ativista e sociólogo, disse “minha vida mudou quando deixei de ser ativista para me tornar fazedor”.

E essa é a mais pura verdade: nós não mudamos a opinião de uma outra pessoa por um debate. É praticamente impossível rebater uma ideia de alguem que já tenha a opinião bem formada sobre algo. A única forma de fazer com que uma pessoa transforme, é proporcionando experiências onde, pela empatia, ela possa mudar de ideia.

Por isso, nada melhor do que compartilhar algumas atividades que, de fato, estão me ajudando no dia a dia a sobreviver, com saúde mental e física, a essa guerra midiática:

Evitar os debates:
Essa é, sem dúvida, a tarefa mais desafiadora. Afinal, é muito difícil escutar ou ler alguém escrevendo uma grande besteira e ver várias pessoas concordando com tal absurdo. Os dedos coçam pra escrever. Mas a cada fechada de página e mudança de assunto, o sentimento de vitória é muito maior do que a energia gasta em um debate que provavelmente não irá te levar a lugar algum.

Ler livros
As mídias sociais podem ser sim uma boa fonte de informacão. Mas jamais devemos substituir os livros, artigos técnicos e estudos mais aprofundados por um título de notícia. Além de aprender algo com mais consistência, as chances de se prender à uma história, à um livro e ficar longe das notícias ruins são bem maiores e, o conhecimento, é uma coisa que ninguém te tira.

Praticar exercícios
Tem dia que fico irritado. Títulos sensacionalistas, matérias mentirosas e tanto conteúdo sem valor social positivo que o que sobra na cabeça, é a raiva. Só que, a raiva, o rancor e o ódio, é um veneno que a gente toma pensando que o outro irá morrer. Por isso, deixo pra descontar toda essa energia acumulada nas corridas, pedaladas, na piscina e num treino bem puxado na academia. Dá um prazer gigantesco, um alivio sem tamanho e fica mais fácil pra esvaziar a mente no final do dia.

Meditar
Ok. Nos últimos anos parece que Yoga e meditação se transformaram atividades da moda, como o crossfit e o cupcake. Mas é uma prática milenar e pode ajudar muito aqueles que são inquietos, como eu. Pude ir em alguns templos, como fazia o Steve Jobs, mas não deixo de meditar – todos os dias, na minha casa. Existem vários tipos e maneiras de praticar meditação, só que é como a academia: só irá dar resultados se for praticada diariamente. E é excelente pra “resetar” a mente e focar nos pensamentos positivos.
*comecei um grupo de meditação dentro da empresa pros meus colegas que enfrentam os mesmos desafios. Está sendo incrível.

Observar a alimentação
Descontar na comida é um grande erro. Ainda mais quando se tem uma cozinha cheia de besteira ao seu alcance. Por isso, tenho tomado muito cuidado com a alimentação. Tenho garrafas d’água espalhadas em todos os lugares: no escritório, na mochila, no quarta, na cozinha. Também tenho evitado alimentos industrializados, pão, farinha, açúcar, sal e temperos artificiais. Carne, só quando alguem pede e não tenho como ser radical. Deixo pra estrapolar no final de semana, bebendo com amigos ou num restaurante em uma ocasião especial. De resto, muita água, frutas, verduras, legumes e cereais – como o ser humano fazia antigamente.

Social – estar com pessoas
Por último e tão importante quanto estar só, é preciso estar junto. Depois que me mudei do Brasil, passei por algumas situações de ataques xenofóbicos. Vindo de pessoas que – pasmem – acompanham essas notícias. E temer a este sentimento de medo, insegurança, faz com que nos isolemos, pra evitar que algo aconteça na rua. Mas isso não é bom, e não é verdade. É preciso sair de casa, ir ao encontro das pessoas. Dos amigos, dos colegas de trabalho, da escola. Estar rodeado de pessoas do bem é essencial para manter o alto estado de vida. E isso é algo que não podemos abrir mão.

Por fim, se você tem a oportunidade de ficar longe dos noticiários: faça. Afinal, qual é o significado de se manter informado? Consumir conteúdos travestidos de “notícia”? Hoje em dia, confiar em certos canais, pode ser um ato suicida quando se tem um mundo de possibilidades e canais diferentes para aprender coisas relevantes para a sua própria vida.

“Questione a autoridade. Nenhuma ideia é verdadeira só porqure alguém disse, inclusive eu. Pense por si mesmo. Questione-se. Não acredite em nada só porque você quer. Acreditar em algo não faz com que seja verdade. Teste ideias pela prova obtida através da experiência.” Neil deGrasse Tyson

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